quinta-feira, 23 de julho de 2009

ODE AO DESEJO

Papai Doidão saiu, afinal do papel e da imaginação do autor e foi, por assim dizer, para a lata.
Papai Doidão, o virtual guru da nova geração, na condição de precursor de um movimento tribal que está destinado a salvar a humanidade da peste do fascismo e o planeta, de uma hecatombe ambiental.
Nada impede, todavia, que Papai Doidão seja visto também como um avatar longínquo de Peter Pan, ao lado de sua (in) fiel companheira, Karla Krishna, versão lasciva da fada sininho.
Papai Doidão, o eterno erê da era de Aquários é o homem capaz de preservar intacta a criança interior, invulnerável à castração simbólica enquanto rito de iniciação á vida adulta. O que equivale à consgração da liberdade como valor civilizatório supremo, a liberdade de cada um ser como é e fazer o que tem vontade, segundo uma perspectiva claramente anarquista.
É assim que, além de plasmar e promover uma exaltação existencialista da liberdade, o filme não deixa de ser, afinal de contas, uma inequívoca e desassombrada ode ao desejo.

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